Colhe flores, L.
Pequenas, singelas,azuis, multicolores
Vem depois calcar o chão
Vem sujar, cientificamente, as tuas mãos
Sentir o cheiro molhado da terra
que ao de leve pisas
Vem descalça sentir o frio
Dos minerais da areia
do carbonato das conchas
E deixa que te levem até às ondas
Vem ouvir das aves o suave pio
E deixa-as voar na tua alma
Vem suavemente segredar
às arvores palavras calmas
Veremos juntas a simplicidade da lua
que iluminará o teu pequeno rosto
Na pintura estrelada da rua
Depois, L., abraça-me
Descansa as tuas asas em mim
(Fecho agora os olhos e vejo
que o amor que te tenho
não tem princípio nem fim).
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