dezembro 15, 2010

A Natureza fonte de inspiração, descoberta e aprendizagem

A Natureza é um contexto multiplicador de aprendizagens proporcionando à criança a possibilidade de observar, experimentar, sentir, reflectir, fruir numa acção directa entre si e mundo.

A L. sabe aproveitar estes momentos na Natureza e vive-os com intensidade e plenitude.
Vivemos num país lindo com um clima fantástico que nos possibilitou um passeio claro, quente, luminoso em meados do mês de Dezembro.

Primeiro que tudo a L. quis correr, dançar, rodopiar no vento e na areia.
Desafiei-a depois a pegar num ramo  e desenhar sobre a areia endurecida pela chuva; desenhei um círculo e ela desenhou o dela mais pequeno ao lado do meu usando as próprias mãos.
Depois colhemos pequenos caules secos de herbáceas e colocámo-los em fila na areia; pareciam pequenas árvores cujas sombras se alongavam na areia; escrevi os algarismos e contamo-las.
Depois a L.quis explorar as plantas vivas e... constatou in loco que algumas plantas picam;
...e que outras são suaves e voam com sementes aladas no vento de um sôpro...
Tal como qualquer cientista a L. quis testar as leis da física; atirando rochas ao riacho:

...e atirando rochas a uma poça de água alanrajada pelos minerais da argila.
Depois de sujar os pés na lama quis sujar as mãos para investigar umas rochas no chão; eram redondas algumas, pesadas, de cores diferentes; algumas tinham insectos debaixo delas; outras estavam cobertas de líquenes...outras pareciam grandes ovos (...talvez de avestruz?!...)

Depois foi hora de reflectir, ouvindo o estalar das folhas castanhas, ressequidas no chão sob as raízes dos grandes choupos...

E no silêncio da observação encontrámos "x" enormes que a L. quis atravessar...
Por fim, já cansada  (talvez) quis sentar-se e começou a cantar fragmentos de canções enleadas debaixo de uma verdejante acácia...

E neste dia quando por fim, já noite, o sono chegou, pediu-me para dançarmos junto à janela da sala de onde se avistava a Lua; a Lua que tanto a Bebé quer dar mimos; vai-se lá saber porquê.

E eu, no meu coração de mãe, fico feliz por vê-la tão feliz e plena, livre e forte na rua e ao mesmo tempo tão sensível capaz de admirar e de se preocupar com a lua...
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