Este texto que li aqui foca importantes questões a ter em conta na educação das crianças, colocando o respeito pela criança, pela sua pessoalidade e pelos seus interesses no centro da sua educação.
Beatriz Penteado
“Uma maneira de educar as crianças é através do que chamarei de pedagogia do amor e do amor incondicional. Aquele que não espera que o outro mude para começar a amá-lo. Aquele que não diz que a criança deveria ser diferente, mas que valoriza todos os seus sentimentos comportamentos, iniciativas.
Aquele amor que não tem a intenção de ter nenhum tipo de controle sobre a criança, que não quer manipular suas reacções e comportamentos e moldá-los de acordo comum padrão, ou de acordo com um objectivo que não foi traçado por ela.
Aquele amor que permite que ela simplesmente seja ela mesma, que "deixa o rio correr", sem apressá-lo, que acompanha o fluir livre e leve da criança.
Que jamais diz que ela não deveria sentir raiva de alguém, mas que procura compreender seus sentimentos e ensiná-la que quando não se luta contra os mesmos, eles passam por nós bem mais depressa. Deixar o rio correr... sempre...
Ensiná-la a reconhecer que todo comportamento tem uma intenção positiva. Se ela aprender a reconhecer isto em si mesma, terá muito mais facilidade em reconhecê-lo nos outros. Se ela aprender a ser compreensiva e paciente consigo mesma, também o será com as demais pessoas.
Se ela está sentindo inveja de alguém, ajudá-la a reconhecer que provavelmente ela tem dentro de si
uma parte (um "lado") que acredita que ela também merece ser como aquela pessoa, ou ter o que
ela tem, e que não há nada de errado nisso. Se ela está com raiva de alguém que brigou com ela,
talvez seja porque possui uma parte que acha que ela merecia ser tratada de uma maneira melhor e
assim por diante. (…)
uma parte (um "lado") que acredita que ela também merece ser como aquela pessoa, ou ter o que
ela tem, e que não há nada de errado nisso. Se ela está com raiva de alguém que brigou com ela,
talvez seja porque possui uma parte que acha que ela merecia ser tratada de uma maneira melhor e
assim por diante. (…)
Ajudá-la a confiar em seus sentimentos, sensações, intuições, em seu julgamento interno, em sua voz interior, na "voz do seu coração"; ao invés de ficar lhe dizendo o que deveria fazer, perguntar-lhe "o que você acha disso?" "o que você sente em relação a isso?"
Ajudá-la a formar seus próprios valores incentivando a reflexão, fazendo-lhe perguntas que a ajudem, a confiar na sua sabedoria interna.
Esta é a maior herança que os pais podem deixar aos filhos, já que pais não são eternos.”
1 comentário:
olá!
muito interessante, como sempre por aqui! :)
bjos
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