novembro 23, 2009

Rreflectindo sobre a saudade de Infância

Mal espreita o Sol e nós saímos; parecemos um caracol! Hoje fomos colher folhas de linquidambar (uma àrvore que no Outono adquire cores fantásticas) para fazermos presentes de Natal e entre folhas vermelhas e céu azul vislumbrei um jardim de infância que brilhava como um grande sol amarelo; olhei-o de longe e pareceu-me lindo. Deu-me uma saudade, um aperto no coração; imaginei ser educadora ali, naquele sol amarelo...
Cada vez sinto mais falta desse contacto, desses pequenos seres que me fazem tão feliz...
Espero em breve poder fazer parte de um sistema solar, amarelo como aquele que hoje vi ou de outra cor qualquer; embora hoje seja feliz  sei que posso ser mais feliz quando estiver no meio de crianças.
Tenho mesmo uma enorme saudades de crianças...nem sei bem explicar o que sinto...
É que depois de tantas voltas (apertadas) na minha vida   em que troquei o jardim botânico pelo jardim de infância; sinto que preciso seguir o meu caminho. Enfim, entre estudar e cultivar plantas e ajudar a crescer e a ser felizes crianças; lá vou traçando o meu caminho, ao sabor do tempo, das estações e da vida.
Quando erámos crianças, eu e a minha mana, inventámos uma palavra: saudafu (lembras-te, Candi?) Inventá-mo-la porque não sabíamos como designar as saudades que tínhamos do futuro, do nosso futuro, em que imaginavámos o que poderíamos vir a ser... e foi isso que eu hoje senti ao ver aquele jardim de infância: umas enormes saudades do futuro onde espero ser educadora de infância, no meio de crianças que imagino a sorrir, a chorar, a dançar, a gritar, a dormir,  a correr, a sentar, a experimentar, a desfazer, a partir, a criar, a crescer e a ser...

...Saudafus, saudafus... (mana, tenho muitas saudades tuas...)

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