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agosto 12, 2011

Barcos de papel ou uma manifestação natural da diversidade

É algo que me fascina sempre: como cada criança ainda que partindo de um protótipo comum (neste caso um barco de papel) consegue criar objectos diferentes.

Há aquelas crianças que precisam acrescentar sempre algo mais: uma vela, dois mastros, remos, tubos de respiração; mas também há aquelas que preferem não acrescentar nada porque consideram o barco eficiente assim...

Como educadora fascina-me esta diversidade criativa das crianças semelhante, em parte, à diversidade da natureza, fruto da imaginação prodigiosa da selecção natural...

É por isso que procuro sempre nas actividades deixar espaço aberto para que a criatividade aflore.


Questiono-me sempre que os relutados finais sejam demasiadamente semelhantes: é que com  certeza não houve espaço para a diversidade inerente a cada criança se manifestar pois...

...O natural é ser diferente.

abril 25, 2011

Pequenos armários feitos com caixas de cartão para guardar brinquedos da L.

Este projecto surgiu com a finalidade de criar pequenos armários onde a L. pode de uma forma ordenada e prática guardar alguns dos seus brinquedos.

 A L. adora estes pequenos armários; são práticos, úteis e esteticamente agradáveis.

A L. está a transformar-se numa pequena grande pintora; criativa, exploradora da cor, da forma, do espaço...

E eu adoro, absolutamente tudo o que ela cria; tudo me parece maravilhoso porque em todas as pinceladas há algo interior da minha pequena filha.
Espero conseguir criar condições ao longo da sua infância nas quais a L. se sinta livre para criar, imaginar, expressar e ser; ser aquilo que é (e não aquilo que alguém pudesse gostar, desejar,  que fosse...)


Eu posso ser quem quiser ser


Sem deixar de ser eu.

Posso falar todas as línguas

Sem saber nenhuma.

Posso olhar o mundo

E vê-lo de todas a cores.

Posso ver dinossauros a caminhar

No muro do meu quintal.

Posso olhar o sol

E vê-lo sorrir

Só para mim.







Eu posso tudo

Porque tudo o que vejo

Se torna meu.

E o mundo, e as pessoas

Giram todos há minha roda

Obedecendo aos meus desejos:

- Sorrisos, lágrimas e bocejos.



É que apesar de pequenino

Eu vejo o mundo

De dentro do meu ser

E sou apenas o que sou

Como o Sol

Que é Estrela

Porque não tem

Mais nada que ser.

(Dedicado ao Kevin, criança de 2 anos de quem fui babysitter)

janeiro 31, 2011

Leis da Física a Brincar: deslocação de objectos num plano inclinado

A L. envolve-se com frequência na exploração de construções (pontes, escadas, estradas,...) sobretudo usando pequenos paralelípipedos de madeira e pequenas tábuas.

Ultimamente tenho observado como, de forma espontânea, testa as propriedades das suas construções (equilíbrio, robustez,...).
Ontem por exemplo observei-a a testar diferentes objectos de modo a fazê-los girar sobre si mesmos.

Hoje observamos o deslocamento de objectos em plano inclinado.

Reunimos diferentes objectos com diferentes formas. Categorizamo-los segundo a forma.
Experientamos pô-los a rodar com um pequeno impulso.
Fizemos um pequeno jogo para explorarmos o reconhecimento das diferentes formas dos objectos.
Construimos o plano inclinado e experimentámos.
Depois a L. quis constuir uma rampa com maior declive e experimentámos.
A L. mostrou-se muito investigativa e curiosa experimentando diferentes, objectos e o seu pensamento e acção divergiram construindo novas possibilidades.

Construiu duas rampas e foi buscar novos objectos para escorregar nestas.
A L. quis incorporar os seus pequenos bonecos na experiência. O jogo simbólico está sempre presente.
É interessante observar como a L. se está a tornar  num ser cada vez mais reflexivo e investigativo, explorando e testando o comportamento e caracteristicas os objectos à sua volta.
Admiro sobretudo a forma inventiva como o faz; não se ficando pelo que tem mas criando novas possibilidades.

Partilho aqui também um exemplo simples do que poderá ser um registo escrito desta actividade.

Nesta actividade embora tão simples estão presentes muitas possibilidades de descoberta, apelando quer ao sentido de observação, ao levantamento de hipóteses, questões, à experimentação, à constatação, à reflexão, conclusão.

Para a L. tudo isto ainda é feito num contexto extremamente lúdico, de forma muito aberta e espontânea.

No entanto ela é já um ser observador capaz de constatar e prever o comportamento de certos objectos no plano inclinado argumentando, na sua voz suave de bebé-menina:
-"Papá, as coisas redondas `scorregaram; mas as quadradas não!"

janeiro 24, 2011

Joaninhas Divertidas; as cores e a IMAGINAÇÃO da L.

Para ajudar a L. a explorar diferentes tonalidades das cores construímos um jogo simples em que a L. tem de encontrar as joaninhas que têm a mesma cor.
Existem 25 cores diferentes, algumas com tonalidades muito semelhantes.
A L. adora fazer este jogo mas a sua imaginação leva-a muito mais longe.
 A L. dá vida a estas joaninhas que procuram as suas "filhotas", que voam e que comem relva do jardim...
Então um dia a L. cortou relva (pedaços de papel verde) para as joaninhas e colocamo-las numa caixa.
Mas como as joaninhas são parte integrante de muitas brincadeiras da L. construímos uma casa especial onde podem ficar todas juntas.
É uma casa especial feita  a partir de uma caixa de sapatos. Uma casa-jardim  com relva, flores, céu azul, sol e nuvens a quem a Bebé fez questão de pôr olhos...


 A L. utiliza as joaninhas em contagens e noutras actividades que ela mesmo inventa criando histórias em que as joaninhas falam e vivem aventuras...


Devo dizer que no ínicio para esta actividade apenas tinha cortado círculos sem desenhar joaninhas nestes. Mas a Bebé não se mostrou interessada nos círculos simples mas assim que os personalizei em joaninhas estes adquiriam significado para a Bebé e  apartir daí fazem parte do seu dia.

Este pensamento animista (tão próprio desta idade) faz com que o mundo destas crianças tenha outras dimensões que por vezes nos podem passar despercebidas.
É  importante estar consciente destas dimensões pois assim podemos perceber e intervir de modo a ir ao encontro dos interesses reais das crianças e às vezes nem é preciso modificar as coisas muito... ;)

janeiro 17, 2011

Explorações ao ar livre: a mochila do jardim

A L. e eu adoramos o contacto com a terra e com o ar livre.

Sempre que o dia está ameno descemos ao jardim.
Agora que a L. está mais crescida as suas explorações começam a ser mais sistemáticas e científicas!
E há tanto para explorar e descobrir, especialmente quando não se tem medo de sujar as mãos , nem os pés nem a roupa!...

Assim, como as idas ao jardim começam a ser mais regulares com o aproximar da Primavera (ainda falta eu sei, mas já se vai sentido a diferença nos dias...); eu e a L. organizámos a mochila do Jardim:


 Então nessa mochila temos:
1. Lupa; que nos permite ver as coisas muito maiores;
2. Tesoura; material muito usado no jardim pela L.: serve para cortar um pouco de tudo, nomeadamente relva, flores, folhas...

3. Caixa para recolha de amostras; nesta caixa a L. coloca os seus "pequenos tesouros" que vai descobrindo e que poderemos usar em colagens, contagens, etc;
 
(aqui a L. fez questão de ir ao jardim libertar uma pequena lagarta que descobrimos dentro de uma nóz! :) ; na foto em baixo podem ver o grande momento de libertação da lagarta!)
4. Caderno de Campo: construído por nós; com materiais reutilizados; contém bolsas próprias para amostras e materiais (fita-cola, pedaços de papel, molas e lápis);
5. Caixinha com lápis; usados para desenho ao ar livre e noutros registos;




A seguinte imagem reúne tudo o que temos na mochila do Jardim:

Em baixo, um exemplo de um pequeno registo que efectuámos após uma saída ao jardim.

Este registo foi uma forma simples e rápida de conversarmos e consolidarmos as experiências vividas no jardim. Foi um momento importante pois a L. recordou e narrou as experiências vividas; como se de uma  história icónica e verbal se tratasse.
Nesta saída ao jardim, desenhámos ao ar livre sentadas nas escadas, registando o que observávamos; a L. suprendeu-me quando pegou no lápis; olhou para o céu e o representou no papel dizendo; -" Aqui em cima `tá o céu azul".

A L. quis colher pequenas flores e folhas de Oxalis para o Papá; folhas em forma de coração para o Papá S. ...

(L. são estes pequenos momentos, gestos e palavras tuas que quero perpetuar na minha memória e neste blogue para que um dia posssam, quem sabe, chegar ao teu corção de algum modo...)

Estes momentos ao ar livre são sempre tão enriquecedores pois envolvem a criança de um modo global, abrangente, tocando várias esferas do desenvolvimento; sendo que a criança se sente livre para explorar, focando-se nos seus reais interesses

janeiro 14, 2011

Pintando o Alfabeto

A L. empenhou-se na pintura deste alfabeto. Ela conhece já bastante bem as diferentes letras e ultimamente tem revelado interesse em "lê-las" onde quer que as encontre.

Comecei por escrever as letras maísculas utilizando lápis de pastel (à base de óleo) e desenhei pequenos rectângulos a separar cada letra.

A L. pintou livremente cada rectângulo utilizando aguarelas.

O resultado final foi muito luminoso (característica extraordinária da pintura com aguarelas).

A L. tem andado a "ler"este alfabeto mas ela ainda não sabe  que este faz parte de um projecto maior...

dezembro 22, 2010

Árvore de Natal com formas geométricas

Este material é muito simples de construir. Permite explorar conceitos de forma, tamanho, cor, sequência e ordem e desenvolver a motricidade fina.
 Para nós foi um material sobretudo construído para consolidar os conceitos de grande, médio e pequeno.

A L. realizou a actividade com interesse e rapidez uma vez, duas vezes mas depressa perdeu o interesse pois a actividade revelou-se muito fácil para ela.

O  grande desafio estve na manipulação de objectos pequenos e na colocação destes no local destinado e não propriamente em reconhecer e identificar as posições correctas desses elementos.

No final, a L. fez questão de guardar todos os pequenos elementos num envolope! (É muito gratificante vê-la participar na arrumação do material...finalmente :)

dezembro 19, 2010

Jogo da Árvore de Natal feito com materiais reutilizados

Para explorarmos noções de ordem, tamanho e sequência fizemos esta árvore de Natal inspirada por esta imagem que vi aqui.

Utilizámos cartão espesso para fazer as rodelas da árvore; um tubo de cartão; papéis brilhantes que envolveram chocolates; parte de uma caixa de ovos; restos de feltro, brilhantes e bolinhas de papel para decorar.

A construção da árvore foi feita com a Bebé ao longo de vários dias; talvez por isso esta tenha adquirido tanta significância para a Bebé.


A L. gosta de fazer/desfazer a árvore quase todos os dias; mas o objectivo era esse mesmo; explorar os conceitos de grande, médio, pequeno, sequência e ordem.