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março 23, 2011

EXPERIÊNCIAS COLORIDAS - "magias" com vegetais

A L. como todas as crianças é curiosa e gosta de experimentar, testar, questionar o mundo e as coisas à sua volta.

Ultimamente  está fascinada com o conceito de "magia".

No fundo a magia poderá ser entendida como uma transformação.

Na verdade, muitos fenómenos científicos parecem verdadeiras magias que ocorrem diante dos nossos olhos.

Enquanto educadores cabe a nós dar à criança oportunidades para observar, experimentar essas transformações tirando partindo da verdadeira magia/transformação que ocorrem em tantos fenómenos científicos.

Descobrir o porquê dessa transformação será uma aventura a longo prazo.

Por agora é tempo de a Bebé observar, experimentar, constatar e sobretudo é hora de a deixar maravilhar-se e esperar que a semente da curiosidade e da interrogação experimental germine dentro dela.

Assim realizámos esta actividade experimental simples mas com efeitos visuais muito interessantes.

  • Procedimentos:
Colocámos algumas folhas de couve roxa a cozer em água. Deixámos ferver um pouco.
Coámos o líquido obtido.

Adicionámos algumas gotas de sumo de limão num copo e noutro algumas gotas de sumo de laranja.

  • Observações/Resultados:
Em qualquer das situações observámos que o líquido roxo adquiriu um tom rosa magnífico assim que adicionámos o sumo dos citrinos.




  • Explicação:
O sumo da couve roxa contém um indicador de pH natural que muda a sua cor de acordo com acidez da solução.
Pode encontrar aqui uma explicação mais aprofundada do fenómeno ocorrido.

  • Expansões da actividade experimental:
A L. experimentou pintar com os líquidos obtidos.


No final guardámos os líquidos obtidos para usarmos noutras actividades.
A L. continua a apreciar manipulmar diferentes objectos e realizar transferências.


Como é natural nesta Bebé quase todas as actividades se transformam num cenário dramático; palco das histórias que conta e inventa. Desta vez recriou uma piscina/lago onde alguns dos seus bonecos nadaram e foram "salvos" por corajosos bombeiros de armaduras...

janeiro 31, 2011

Leis da Física a Brincar: deslocação de objectos num plano inclinado

A L. envolve-se com frequência na exploração de construções (pontes, escadas, estradas,...) sobretudo usando pequenos paralelípipedos de madeira e pequenas tábuas.

Ultimamente tenho observado como, de forma espontânea, testa as propriedades das suas construções (equilíbrio, robustez,...).
Ontem por exemplo observei-a a testar diferentes objectos de modo a fazê-los girar sobre si mesmos.

Hoje observamos o deslocamento de objectos em plano inclinado.

Reunimos diferentes objectos com diferentes formas. Categorizamo-los segundo a forma.
Experientamos pô-los a rodar com um pequeno impulso.
Fizemos um pequeno jogo para explorarmos o reconhecimento das diferentes formas dos objectos.
Construimos o plano inclinado e experimentámos.
Depois a L. quis constuir uma rampa com maior declive e experimentámos.
A L. mostrou-se muito investigativa e curiosa experimentando diferentes, objectos e o seu pensamento e acção divergiram construindo novas possibilidades.

Construiu duas rampas e foi buscar novos objectos para escorregar nestas.
A L. quis incorporar os seus pequenos bonecos na experiência. O jogo simbólico está sempre presente.
É interessante observar como a L. se está a tornar  num ser cada vez mais reflexivo e investigativo, explorando e testando o comportamento e caracteristicas os objectos à sua volta.
Admiro sobretudo a forma inventiva como o faz; não se ficando pelo que tem mas criando novas possibilidades.

Partilho aqui também um exemplo simples do que poderá ser um registo escrito desta actividade.

Nesta actividade embora tão simples estão presentes muitas possibilidades de descoberta, apelando quer ao sentido de observação, ao levantamento de hipóteses, questões, à experimentação, à constatação, à reflexão, conclusão.

Para a L. tudo isto ainda é feito num contexto extremamente lúdico, de forma muito aberta e espontânea.

No entanto ela é já um ser observador capaz de constatar e prever o comportamento de certos objectos no plano inclinado argumentando, na sua voz suave de bebé-menina:
-"Papá, as coisas redondas `scorregaram; mas as quadradas não!"

dezembro 15, 2010

A Natureza fonte de inspiração, descoberta e aprendizagem

A Natureza é um contexto multiplicador de aprendizagens proporcionando à criança a possibilidade de observar, experimentar, sentir, reflectir, fruir numa acção directa entre si e mundo.

A L. sabe aproveitar estes momentos na Natureza e vive-os com intensidade e plenitude.
Vivemos num país lindo com um clima fantástico que nos possibilitou um passeio claro, quente, luminoso em meados do mês de Dezembro.

Primeiro que tudo a L. quis correr, dançar, rodopiar no vento e na areia.
Desafiei-a depois a pegar num ramo  e desenhar sobre a areia endurecida pela chuva; desenhei um círculo e ela desenhou o dela mais pequeno ao lado do meu usando as próprias mãos.
Depois colhemos pequenos caules secos de herbáceas e colocámo-los em fila na areia; pareciam pequenas árvores cujas sombras se alongavam na areia; escrevi os algarismos e contamo-las.
Depois a L.quis explorar as plantas vivas e... constatou in loco que algumas plantas picam;
...e que outras são suaves e voam com sementes aladas no vento de um sôpro...
Tal como qualquer cientista a L. quis testar as leis da física; atirando rochas ao riacho:

...e atirando rochas a uma poça de água alanrajada pelos minerais da argila.
Depois de sujar os pés na lama quis sujar as mãos para investigar umas rochas no chão; eram redondas algumas, pesadas, de cores diferentes; algumas tinham insectos debaixo delas; outras estavam cobertas de líquenes...outras pareciam grandes ovos (...talvez de avestruz?!...)

Depois foi hora de reflectir, ouvindo o estalar das folhas castanhas, ressequidas no chão sob as raízes dos grandes choupos...

E no silêncio da observação encontrámos "x" enormes que a L. quis atravessar...
Por fim, já cansada  (talvez) quis sentar-se e começou a cantar fragmentos de canções enleadas debaixo de uma verdejante acácia...

E neste dia quando por fim, já noite, o sono chegou, pediu-me para dançarmos junto à janela da sala de onde se avistava a Lua; a Lua que tanto a Bebé quer dar mimos; vai-se lá saber porquê.

E eu, no meu coração de mãe, fico feliz por vê-la tão feliz e plena, livre e forte na rua e ao mesmo tempo tão sensível capaz de admirar e de se preocupar com a lua...
.

setembro 11, 2010

Animais de diferentes habitats

Uma das actividades preferidas da Bebé é brincar com os seus bonecos animais; faz diálogos com eles sendo que já os ouvi a falar entre si e a ralharem uns com os outros "...ó tigre, tu não podes ir pa casa; o gato pode; tu não cabis!"

Então resolvi explorar diferentes habitats integrando essa exploração no contexto do seu  jogo livre.
Propôs-lhe que colocasse os diferentes animais sobre uma imagem com diferentes habitats representados (nomeadamente terrestre e aquático).

Na verdade foi interessante observar como a Bebé respondeu a esta solicitação uma vez que alguns dos animais representados podem viver quer na água quer e terra.

A Bebé considerou que o pinguim viveria sobre as rochas mas que também podia ir para a água; o caranguejo ficou na água, bem como a raia, a tartaruga e a lagosta embora tenha hesitado em colocá-la na teia de aranha! As algas e os corais foram colocados junto aos representados na imagem e o hipopotámo ficou na areia a comer folhas.

Daqui a uns temos puderemos explorar diferentes habitats como as florestas tropicais, as terras frias, os desertos,...e pôr estes animais nos seus verdadeiros e devidos habitats :)

Para dar uma dimensão mais real à exploração propôs à Bebé que colocasse os os animais dentro de um recipiente onde representei uma pequena praia com rochas, areia (ambiente terrestre) e água (ambiente aquático).
É claro que esta dimensão real foi muito mais interessante para a Bebé, sendo que rapidamente encontrou novas formas de a explorar.
Percebeu que era divertido revolver a areia e esconder/encontar os animais, por exemplo.

Verificámos que era muito mais fácil esconder alguns animais do que outros; que alguns flutuavam e que outros não; que a água fica diferente quando revolvemos a areia e que a areia molhada é diferente da areia seca...

...São estas pequenas grandes descobertas, experiências, observações, deduções que vão abrindo caminho para outras posteriores...

julho 03, 2010

Experiência simples com sais de frutos: os primeiros passos da Bebé na actividade experimental

A Bebé adora explorar situações que envolvam a manipulação de diferentes utensílios e substâncias então resolvi propor uma actividade experimental a esta minha pequena cientista.

Coloquei à sua disposição um frasco de sais de frutos (antiácidos)  e exemplifiquei como podia usar uma pequena colher para retirar o pó do frasco.
 Seguidamente a bebé utilizou um pequeno frasco com abertura conta-gotas para colocar água sobre os sais de frutos.

A Bebé ficou muito admirada com a reacção de efervescência observada: ao colocar água sobre o pó surgia o que apelidou de "espuma"  e, simultaneamente, ouvia-se um som semelhante a frvfrv...
 Além disso como os sais tinham um odor a frutos citrinos a experiência envolveu simultaneamente os vários sentidos da bebé; excepto o sentido de gosto por minha expressa vontade pois pareceu-me que a Bebé não se teria importado nada de experimentar o sabor desta experiência! :)
 A Bebé vivenciou assim diferentes fases do método científico ainda que ajustadas à sua fase de desenvolvimento e às suas capacidades. 
Na verdade a Bebé quis repetir a experiência várias vezes; quis experimentar, observar e constatar se o fenómeno de efervescência ocorria sempre que adicionava água aos sais. Talvez na sua mente tenha surgido essa hipótese e tenha tirado as suas ilações.
O importante é que a Bebé vivencie diferentes situações, contacte com diferentes substâncias e materiais; que tenha oportunidade para estimular  a sua curiosidade e desejo de descoberta pois no fundo são estas as bases que cimentarão descobertas posteriores.

Por enquanto a Bebé vai maravilhando-se com o mundo e as transformações que nele ocorrem, experimentando, observando, estabelecendo conexões e inter-relações na sua mente em desenvolvimento.

junho 09, 2010

Pintar numa folha natural

Sempre que é possível a Bebé vai explorar um pouco da Natureza que nos rodeia e neste passeio a Bebé descobriu árvores "enomes" e teve uma longa conversa com uma tartaruga gigante!


Como sempre, ávidas coleccionadoras de folhas caídas, sementes, pedras e outros tesouros semelhantes trouxemos para casa uma folha seca que julgo ter pertencido a um grande bambu.

A Bebé andou pela mata a fora a correr com a folha; uma espécie de asa e a mim pareceu-me que a folha com a sua textura irregular, listada daria um óptimo material para pintar.

Como estes últimos dias têm sido tristemente cinzentos e temos saído pouco resolvi propor à Bebé que pintasse no exterior. 
Assim colei a folha no vidro e a Bebé pode pintá-la e observá-la à luz natural.
Além disso a Bebé experimentou pintar em plano vertical.
Ao tentarmos pintar a a margem inferior da folha verificámos que a tinta (à base de água) não aderia à folha formando pequenas gotículas.
Que oportunidade fantástica para  nos interrogarmos por que tal acontecia!  
Não fosse a Bebé ter 20 meses de vida e já estaríamos nós a falar de cutículas serosas, estomas e estruturas afins!
(Pobre Bebé; não sabes o que te espera com uma mãe apaixonada pela Biologia! Só espero que faças tantas perguntas  (ou mais)sobre a Natureza e o mundo como eu fazia avó e à Candi! :)
A Bebé apreciou a experiência no entanto, como era previsível, quis pintar o vidro da janela a seguir! E eu disse que "não; outro dia pintávamos mais" mas a Bebé fugiu para a sua casa, aborrecida... !

junho 05, 2010

Explorando flores, cores e água: actividade simples para desenvolver as competências de manipulação da Bebé

Depois de um dia pleno de explorações na Quinta da Avó B. onde a Bebé se misturou entre flores, terra, água, animais e até máquinas:

.....fizemos esta actividade simples que pela conjugação da água e das flores exploradas nos trouxe harmonia e tranquilidade para descansarmos após tão emocionante dia!

O ambiente onde as actividades ocorrem pode condicionar de forma decisiva o desenvolvimento das mesmas.
Assim hoje procurei que a Bebé pudesse desfrutar de um ambiente calmo, com uma luminosidade suave. Coloquei também uma música serena; até porque esta actividade antecedia a hora da sesta da Bebé.

 Então a actividade consistiu em transferir água e flores para uma taça de vidro usando para esse fim diferentes objectos.
É muito importante dar oportunidade à Bebé para explorar, manipular diferentes objectos de uso comum; não só para que desenvolva competências de manipulação mas também para desenvolver conceitos de volume, observar transformações, desenvolver o raciocínio lógico-dedutivo, contactar com diferentes texturas e materiais e aprender a ser responsável aquando do uso destes objectos.
Nesta fase parece-me importante a Bebé aprenda a reconhecer que precisamos ter cuidados ao manipular certos objectos por isso, sobre a minha vigilância, a Bebé vai explorando objectos de vidro, garfos e facas ainda que não afiadas.
As flores que usámos na actividade foram colhidas por mim e pela Bebé na Quinta onde as observámos, cheirámos e falámos sobre as suas cores e outras características como padrões e sensações tácteis.

Assim a actividade começou com a Bebé a verter água contida num frasco de vidro para uma taça também de vidro; primeiro a Bebé tentou verter a água pegando no frasco com as mãos  mas como o diâmetro do frasco era grande (para o tamanho das suas mãos) teve alguma dificuldade.

Então propus-lhe que usasse uma colher para transferir a água do frasco para a taça. 


A Bebé começou a contar as colheres de água que colocava na taça. 
Actualmente a Bebé conta fluentemente objectos até dez; aliás parece ser mais fascinada pelo conceito de número do que pelas letras, embora já reconheça algumas.No entanto o desenvolvimento de tais conceitos ainda não me parece prioritário.

 Em seguida a Bebé com o auxilio da colher colocou as flores na taça. 

 
....mais tarde usou também as mãos e acabou por transferir as ultimas flores virando o copo que as continha sobre a taça!

Depois, como é habitual em actividades semelhantes, quis mexer as flores na água com um garfo.

 
E seguida a Bebé quis dançar e dançámos. 
Pouco depois quis dormir e dorme agora tranquila como uma pequena flor num dia calmo.