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janeiro 03, 2010

Conto: L. e a Estrelinha Azul Brilhante



Conto dedicado à Bebé que todas as noites enche o meu coração de luz e de gratidão


Numa noite muito fria uma estrela pequenina debruçou-se um pouco demais para espreitar o planeta Terra e sem saber como escorregou e caiu em direcção à Terra.
Atravessou a atmosfera gélida deixando atrás de si um clarão forte de luz azulada que iluminou a noite escura.
L. que todas as noites antes de dormir olhava o céu viu o rasto de luz da estrela e ouviu depois um som muito alto quando a estrela caiu no chão formando uma nuvem de pó brilhante e uma pequena cratera no centro do canteiro dos lírios.
Apressadamente L. desceu as escadas e foi ver quem tinha caído do céu.
Era uma estrela pequenina, azul e muito brilhante. L. reparou que um dos cinco braços da estrelinha se tinha quebrado com o impacto e, como tal, a estrelinha não conseguia voar.
Então com muito cuidado pegou na estrela, encostou-a devagar contra o seu corpo. Ajoelhou-se no meio dos lírios e procurou o braço da estrela que se tinha quebrado. Depois levou a estrela e o braço para o seu quarto.
E enquanto subia as escadas, L. lembrou-se que dentro da sua caixinha das Artes talvez houvesse haver algo que ajudasse a estrelinha…
Colocou cuidadosamente a estrela e o braço brilhante em cima da almofada e foi buscar à caixinha das Artes uma cola especial que ela mesmo tinha preparado do com a sua mãe há muito tempo quando L. ainda era um bebé pequenino.
 Era uma cola especial feita de farinha extrafina, água morna e amor em pó.
Então pegou no frasco e deitou três gotas da cola especial sobre o braço da estrela azul e uniu-o com muito cuidado à pequena estrela que logo, como por magia, começou a cintilar muito depressa e levantou voo até ao tecto do quarto seguindo depois a brisa fresca que entrava pela a janela aberta.
L. reparou então no enorme clarão azul brilhante que havia no céu sobre a sua casa.
Um milhão de estrelas tinham vindo procurar a estrelinha azul!
A estrela agitou os seus cinco braços em direcção ao céu e ergueu-se para levantar voo mas antes de o fazer desceu e com os seus braços envolveu o rosto pequenino de L., brilhando mais o que nunca.(É assim que se a diz obrigada na Língua das estrelas!)
L. viu então a estrelinha subir para além da atmosfera terrestre para se juntar à multidão de estrelas que já a esperava e todas juntas afastaram-se como uma enorme onda deixando atrás de si um clarão azul, brilhante que L. jamais havia visto no céu!
E todas as noites quando L. abre a janela do seu quarto para observar o céu vê a estrelinha azul brilhante que de muito longe, muito além da atmosfera, lhe acena enviando beijinhos cintilantes de luz azul, suave e brilhante...


Do céu azul profundo, além da escuridão
Caiu um dia uma estrela azul brilhante
Perdeu um dos braços entre os lírios no chão
E chorou ao ver o seu céu tão distante…
Mas na Terra L. a viu
E ao vê-la a estrelinha sorriu
L. da estrela azul cuidou
E com cola de amor o seu braço colou

Logo a estrela brilhando voou
E o rosto de L. tocou
Obrigada - disse, e à atmosfera subiu
Voando brilhante ao céu partiu

Mas todas as noites brilha na imensidão
Acenando com luz suave, cheia de gratidão
E L. sorri feliz ao vê-la
Pois no céu tem uma amiga que é Estrela!


Angela, 1 de Janeiro de 2010

dezembro 31, 2009

Actividade sobre Os três reis Magos para jardim de infância

1. Os três reis Magos
Esta história foi escrita com os objectivos:

Oferecer às crianças um conto breve, simples sobre o dia dos Reis em que tentei sublimar as alesões violentas que surgem por vezes nos contos sobre esta temática relativas ao infantícidio decretado pelo rei Heródes, tentando ainda assim ser fiel à acção geral do conto;
Promover um fio condutor entre os temas até aqui abordados durante o estágio(Temática do Espaço e Educação para os Valores).
Os três reis Magos

2. O Baú dos reis Magos
A actividade de exploração do Baú dos Reis Magos que se sucedeu à leitura do conto surgiu face à tentativa de desenvolver uma actividade diferente da construção das coroas de reis que acontece normalmente nesse dia.
Assim através do baú pretendía-se explorar os diferentes presentes dos Reis de um modo que fosse possível:
Motivar as crianças; criando expectativas e prazer em descobrir;
 Ser algo esteticamente atractivo (Educação para a Arte):
 Materializar os presentes dos reis (as crianças poderiam ver, tocar, cheirar os diferentes presentes

O baú foi construído a partir de uma caixa de cartão,pintado e decorado pela minha colega Sofia R.. No seu interior haviam recipientes menores contendo areia dourada, incenso em pó e mirra em pó. Também continha um pedaço da planta do incenso "viva". Assim as crianças puderam tocar, ver, cheirar os diferentes prsentes oferecidos pelos reis. No baú haviam outros tesouros como tecidos finos de seda com brilhantes, colares de pedras preciosas e a coroa dos reis que todas as crianças quiseram colocar.



 3. A caixinha do Tesouro
       A proposta para decorar uma Caixinha do Tesouro pretendia, essencialmente:
Criar um objecto com significado e utilidade para as crianças
Mostrar que coisas pequenas e simples podem ser grandes tesouros para nós.

Utilizámos caixas de cartão de pastelaria devido ao contexto particular de estágio (espaço curto de tempo) mas em contexto normal as crianças poderiam trazer de casa uma caixa de cartão que depois decorariam. O resultado final foi muito interessante pois cada caixinha ficou única.

Só por curiosidade alguns dos tesouros que as crianças disseram que iriam guardar nas caixinhas foram: conchas, chocolates, bonecos, borrachas... :)

dezembro 25, 2009

Conto de Natal: O Anjo e a Estrela

Este pequeno conto de Natal tem um valor pessoal muito grande para mim. Escrevi-o para as crianças de um jardim onde estagiei. As ilustrações fantásticas são de uma colega que tem um dom muito especial para as artes.
O conto fala da importância das coisas simples e pequenas; da amizade, do quanto é importante sermos preserverantes, pacientes mesmo diante as dificuldades...


O Anjo e a Estrel Imagens

dezembro 16, 2009

Anjos e estrelas de Natal feitos a partir de material para reciclagem

Talvez porque o meu Natal em criança tenha sido despovoado de Pai Natal; essa figura seja para mim tão pouco significativa.
 As memórias de infância trazem-me o cheiro do pinheiro bravo que o avó selecionava cuidadosamente no pinhal (só levamos esta árvore porque mais tarde ou mais cedo teria de ser cortada...); as cores das luzes da àrvore reflectidas e alongadas na parede que me faziam sonhar; a família unida, chegada; a missa do Galo onde dormitava no colo da minha mãe; o cheiro da braseira; o ronronar dos gatos; a felicidade de abrir os presentes assim que acordávamos que tinham sido trazidos pelo menino Jesus; o sorriso da minha mãe; as estrelas brilhantes que sempre insistiam em iluminar a noite de Natal...
Sim, no tempo e no espaço da minha infância o Pai Natal não tinha lugar de ser. Ali longe das cidades, dos hipermercados, dos catálogos publicitários intermináveis de brinquedos, da publicidade televisiva repetitiva natalícia; o Natal era Natal...

Embora a Bebé seja pequena demais para se aperceber que é Natal considerei importante construir com ela algo que pudesse mais tarde constituir uma memória do seu segundo Natal. Assim, inspirada pelo amor que tenho às estrelas (luz), pela simpatia que nutro pela simbologia dos anjos (protecção, pureza, paz) e pelo apreço que tenho às coisas simples e pequenas (simplicidade); fizemos estes pequeno objectos para adicionarmos ao pequeno presépio pintado pela tia O. (amor, família, dádiva).

Espero, Bebé, que possas ter memórias felizes do Natal da tua infância e que nem tu nem eu nos percamos na onda deste materialismo assolador que sufoca o nosso espírito dificultando a vivência dos valores nobres que o Natal significa...
Ainda juntas haveremos de descobrir nos céus das noites de Natal que hão-de vir a estrelinha " que embora pequenina era a mais brilhante do céu e ao seu lado, se olharmos com muita atenção, veremos o anjo pequenino que zelosamente a guarda"...

Esta estrelinha é recortada em pano de limpeza amarelo, enchida com algodão e decorada com bolinhas coloridas para bolos e purpurinas. Aproveitámos um pedaço de fita de um presente e usámo-lo como fio para pendurar a estrela.
Os anjos são construídos a partir de uma caixa de ovos; pintada com tinta de sumo em pó com farinha (para a Bebé poder pintar em segurança); as cabeças são pequenas esfera realizadas em masssa de sal; os cabelos são feitos em fibra de enchimento; utilizámos estrelinhas e purpurinas para decorar.




outubro 29, 2009

Pequena dramatização sobre o valor da Diversidade: O Planeta Arco-Íris



Este é um texto dramático que escrevi com vista a uma dramatização de fantoches destinada inicialmente a crianças e três anos mas que é facilmente adaptada a crianças de outras idades. Explora as temáticas das cores, da amizade, do respeito e da valorização da diferença (ou diversidade, como gosto de chamar à diferença!), sendo que pela sua natureza pode ser também útil na exploração de temáticas relacionadas com a Astronomia. A dramatização demora sensivelmente 15 minutos. Poderão existir diferentes cenários: um para o planeta verde, outro para o planeta vermelho, outro para o planeta azul, um para o Espaço e outro para o planeta Arco-íris. Os fantoches poderão ser divertidos monstros, todos diferentes e a nave poderá ser realizada com materiais reutilizáveis, por exemplo um garrafa de plástico. Eu ainda gostari a de apresentar esta dramatização realizada por pessoas em vez de fantoches devido ao maior impacto que teria junto das crianças; mas ainda não surgiu a oportunidade!




No entanto já tive oportunidade de apresentar esta dramatização com fantoches em vários contextos e as crianças reagem muito bem à história. Aliás a temática do Espaço, dos Extra-terrestres, das naves espaciais é muito aliciante para as crianças. O céu é fascinante para todos e as oportunidades de actividades relacionadas com a Astronomia desmultiplicam-se facilmente. Basta querer e deixar as crianças viajar!
Espero que este texto simples possa ser impulsionador de muitas viagens espaciais para as muitas crianças!
Conteúdos que se podem explorar com esta dramatização:- Valores da amizade e do respeito pelo outro, independentemente da sua aparência física
Objectivos que se podem atingir com esta dramatização:

-Promover os valores da tolerância, da compreensão e do respeito do outro
- Incentivar atitudes positivas face à diferença do eu e do outro
O Planeta Arco-Íris
(Contador)
Era um vez um planeta que era verde e redondo como uma ervilha. O seu mar parecia um caldo verde com algas finas a boiar; os seus prados eram verdes claros como as alfaces e até as pessoas eram verdinhas como as rãs. Mas no Planeta Alface havia um menino que era diferente porque era completamente vermelho como uma papoila. Ninguém queria brincar com ele, todos se afastavam porque era diferente e se destaca como uma papoila no meio daquele imenso prado verde que era o planeta Alface.
Triste e sozinho resolve construir uma nave e voar até aos outros planetas para tentar encontrar alguém tão vermelho como os morangos.
(Moranguito)– Aqui neste planeta tudo é suave e verde; só eu tenho esta cor forte; pareço um tomate maduro! Todos os verdinhos se afastam de mim...
Ninguém brinca comigo!...
Vou construir uma nave e vou voar para longe até encontrar um planeta onde todos sejam vermelhos como os morangos ou as cerejas! Todos irão brincar comigo porque serão iguais a mim!
(Contador)
E, um dia levantou voo na sua nave verde que parecia um enorme pepino. Viajou muito tempo por entre as estrelas, seguiu atrás da cauda dos cometas, passou por entre os anéis se Saturno, até que avistou um planeta completamente azul:
(Moranguito)– Oh! É um planeta todo azul! Parece uma bola cheia de mar! Vou aterrar. Talvez, haja lá alguém como eu...
(Contador)
Aterrou numa planície azul celeste onde as flores, as pedras e as borboletas eram azuis como o céu. O ar era leve e fresco.
(Moranguito)– Que planeta tão lindo! Tudo é calmo e tranquilo!...Parece que oiço vozes, ao longe! São de crianças a brincar!
E correu até elas. Escondeu-se atrás de uma grande pedra azul-turquesa e viu que todos os meninos eram azuis:
(Moranguito)-Oh! Aqui todos os meninos são azuis!(Azuláceos)-Quem és tu? Porque és tão vermelho? Dói-me os olhos só de olhar para ti!(Moranguito)– Venho do Planeta Alface que é muito longe e ando à procura de alguém que seja vermelho como os morangos! Mas aqui são todos azuis...(Azuláceos)– Sim, somos suaves, claros e azuis; mas há uma menina que é amarela e que anda sempre sozinha...Olha! Ela vem aí!(Amarelita)
-Tu és vermelho! Que lindo! Pareces um morango!
(Moranguito)-E tu pareces um girassol!(Amarelita)
– Eu sou a Amarelita! E estou muito feliz por te ver porque és diferente como eu! Queres brincar comigo?
(Moranguito)
– Sim!
(Contador)
E brincaram muito. Apanharam flores muito azuis, correram nos prados e viram lagos que pareciam céus...Até que o Sol que também era azul e um pouco frio se pôs por trás das grandes montanhas cheias de neve azul muito clara do planeta Azul.
(Moranguito)
-Já é noite! Tenho de regressar para a minha nave. Tenho de continuar a voar até encontrar um planeta onde todos sejam iguais a mim...Será que queres vir comigo, Amarelita?
(Amarelita)– Sim. Voar sempre foi o meu sonho! Ás vezes imagino que voo sobre num planeta onde todos os meninos são girassóis!(Moranguito)
-Vamos então para a nave que já se faz tarde!...
(Contador)
E levantaram voo sobre o céu muito azul da Planeta Azul até alcançarem o espaço. Desta vez a viajem foi mais longa mas também muito mais divertida. Brincaram, riram, cantaram...até que surgiu no visor da nave um planeta:
(Moranguito)-Olha, Amarelita! É um Planeta com mil cores!(Amarelita)
-Parece um Arco-íris! Temos de aterrar lá. De certeza que haverá meninos das nossas cores!
(Contador)
E aterram numa praia onde as pedrinhas da areia pareciam rebuçados pequeninos, azuis, vermelhos, verdes, cor-de-rosa, pretos, cor-de-laranja...E o mar tinha ondas de todas as cores que inundavam a praia. Aquele planeta era como uma caixinha de aguarelas onde as cores se misturavam. Era um planeta muito alegre.
(Moranguito)-Que música é esta? Parece uma festa! Ouves os tambores, Amarelita?(Amarelita)




-Sim. Deve ser uma grande festa! Vamos até lá...Parece que o som vem daquelas dunas amarelas!
(Contador)
E correram até as dunas, enterrando os seus pés vermelhos e amarelos na areia de todas as cores.
(Amarelita)
-Olha! Que grande Palácio! Tem janelas de mil cores!
(Moranguito)
– Isto é fantástico! Há pessoas de todas as cores e todas são felizes e riem e dançam juntas!
(Contador)
Entretanto o rei do palácio avista-os atrás das dunas e vai ao seu encontro:
(Rei do planeta Arco-íris)
-Olá! Que meninos tão lindos! Um é vermelho com as rosas do meu jardim e a menina é da cor dos girassóis que tenho no meu palácio! Venham, juntem-se a nós!
(Contador)
Dançaram e comeram bolos de todas as cores, de todos os sabores e depois, ao serão, contaram a sua história:
(Moranguito)– Somos de Planetas onde todas as pessoas são da mesma cor; só nos somos diferentes e vivíamos tristes por isso...Então o nosso sonho era voar até encontrarmos um planeta onde todos fossem da nossa cor...(Amarelita)
– Mas agora descobrimos que há meninos de todas as cores e que a diferença é uma coisa fantástica que existe em todo o lado!
(Moranguito)– Agora compreendo que o meu Planeta Alface é muito mais belo porque tem um menino diferente como eu.(Amarelita)
-Pois é! O nosso Universo é tão colorido e fantástico porque tem meninos de todas as cores!
(Rei do planeta arco-íris)
– Sim, é isso mesmo! O nosso mundo é muito mais divertido porque todos temos cores diferentes e todos juntos somos como um Arco-íris!
-fim-




(a.m. O5-05)